Aconteceu na manhã da última sexta-feira (06/05), no anfiteatro do Departamento de Radiologia no Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, a segunda reunião da Central de Transplantes do Estado de São Paulo com as Organizações de Procura de Órgãos (OPOs) do interior, acom Secretaria do Estado de Saúde e com o Sistema Estadual de Transplantes. A OPO Unicamp é responsável por 124 cidades da região, para notificação de potencial do doador e a captação de órgãos e em 2015 venceu entre os melhores serviços de OPO no Estado, representando o interior.
“O objetivo foi propor formas de agilizar o diagnóstico de morte encefálica, a entrevista familiar e aumentar o número de doadores e transplantadores. É a segunda vez que Campinas sedia a reunião, que abrange discussões técnicas e científicas, propondo melhoras para o Sistema Estadual de Transplantes e Doações”, explica o neurologista Luiz Antonio da Costa Sardinha, coordenador da Organização de Procura de Órgãos do HC.
Durante a tarde, ocorreu o V encontro regional de Coordenações Intra-Hospitalares de Doações de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTTs) e UTIs da OPO Unicamp, que reuniu cerca de 80 pessoas no anfiteatro do 3º andar do HC. O evento teve como tema principal, o debate ético e jurídico sobre o diagnóstico de morte encefálica e o processo de doação de órgãos.
“Nesta edição, contamos com a presença de um representante do COREN, um do CRM e um da OAB, para fazer esse debate, onde participaram as comissões Intra-Hospitalares e profissionais da UTI, das emergências, dos hospitais da nossa região”, explica Márcia Panunto, enfermeira da Organização de Procura de Órgãos da Unicamp. O CIHDOTTs já capacitou mais de 500 profissionais de saúde.
6600 transplantes – O Hospital de Clínicas da Unicamp atingiu no ano passado, a marca de 6591 transplantes de órgãos e tecidos realizados desde 1984. Os rins lideram com mais de 2400 transplantes realizados. Dos dez tipos de órgãos e tecidos que podem ser transplantados, o HC da Unicamp não realiza os de intestino, valva cardíaca, ossos e o de pulmões.
Entre os órgãos que podem ser doados, o coração e o pulmão são os que possuem o menor tempo de preservação extra-corpórea: de 4 a 6 horas. Fígado e pâncreas vêm em seguida com tempo máximo para transplante de 12 a 24 horas e os rins podem levar até 48 horas para ser transplantados. Já as córneas podem permanecer em boas condições por até sete dias e os ossos até cinco anos.
Caius Lucilius com Isabela Mancini – Assessoria de Imprensa HC