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O Hospital de Clínicas da Unicamp incorporou ao Laboratório de Anatomia Patológica, um equipamento de última geração para o processamento de tecidos humanos – extraídos através de biopsia ou cirurgia -, com mais qualidade diagnóstica, rendimento e preservação do material para análise. O equipamento, que produz amostras para análise microscópica, é um processador de tecidos vertical da Thermo Scientific, modelo Excelsior AS, comprado através de uma emenda parlamentar do senador José Serra no valor de R$ 220.000,00.

A professora do departamento de Anatomia Patológica da FCM, Ingrid Amstalden, explica que a tecnologia deste novo equipamento representa um salto em qualidade nas amostras de tecidos histológicos, ossos, entre outros. “Trata-se de um equipamento fundamental para o hospital descobrir a citologia da doença. Sem essa parte técnica, não há como analisar as amostras, já que o equipamento deixa o material apto para o microscópio”. O novo equipamento é totalmente automatizado, substituindo o que antes era realizado por seis equipamentos manuais em etapas diferentes.

A função do processador de tecidos é a de incluir e cortar os materiais que chegam ao Laboratório de Anatomia Patológica para diagnóstico. Tudo que chega, diz Amstalden, vem armazenado em formol e para analisá-los é necessário retirar todos os líquidos presentes dentro deles. O processo automatizado começa com a desidratação dos tecidos para extração do formol, colocando as amostras no etanol durante uma hora.

Em seguida, acontece a clarificação, que consiste em remover o etanol para a absorção da parafina através do xileno que é conjunto de compostos dimetil benzeno. Por fim o equipamento aplica os tecidos em parafina, absorvendo-a e finalizando o processo, com a amostra rígida e pronta para ser cortada. A tecnologia embarcada no aparelho – controlado através de um monitor LCD de tela plana touchscreen – possui um sistema de uso de reagentes automatizado e de filtragem com carbono que elimina a emissão de vapores tóxicos, comuns em equipamentos manuais antigos.

O equipamento opera à vácuo e permite o processamento de até 222 cartuchos simultaneamente. O uso dos reagentes no preparo das amostras é automatizado com vários sistemas de segurança. As amostras podem ser processadas sem a presença do técnico e duram cerca de 13 horas para análise microscópica. Cada etapa dura em média uma hora.

Segundo Yasmin Martins Stelutti, técnica em laboratório responsável pelas análises no processador de tecidos vertical, todas as etapas são importantes para que o resultado final seja entregue com mais rapidez aos médicos e aos pacientes. “Se não tem o processamento, não tem como fazer a lâmina, não sendo possível a análise do médico pelo o microscópio, dificultando o diagnóstico”, afirma Stelutti.

Caius Lucilius com Beatriz Bittencourt – Assessoria de Imprensa HC

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