O Gastrocentro da Unicamp realizou na sexta-feira (23/6) mais um mutirão para rastreamento de neoplasia colorretal em cerca de 40 pacientes da Unicamp e da região de Campinas (DRS-7). Foram usadas seis salas no Gastrocentro para os exames de colonoscopia e mais de 30 profissionais entre médicos, enfermeiros e equipe de apoio participaram do mutirão.
Rafael Guedes Dias, médico gastroenterologista e endoscopista do Gastrocentro explicou que grande parte dos tumores de cólon tem crescimento lento ao longo dos anos e quanto, antes for feita a identificação de pólipos, é possível retirá-los durante o próprio exame.
“A prevenção e o diagnóstico precoce evitam que daqui a cinco ou 10 anos essa lesão se torne maligna, trazendo todos os sinais e sintomas de um câncer e suas consequências, como a necessidade de uma cirurgia de grande porte e posterior quimioterapia”, disse Rafael.
Maria Claudia de Jesus, funcionária do Hospital Estadual de Sumaré (HES) foi uma das convocadas para a realização da colonoscopia, após o diagnóstico de exame de sangue oculto nas fezes há um mês e meio. O mesmo aconteceu com a Maria de Lourdes Alves Dorta, de Águas de Lindoia, que já é paciente do Gastrocentro e foi chamada durante o mutirão para a realização do mesmo exame.
De acordo com o coordenador geral do Gastrocentro, Ciro Garcia Montes, se tem uma doença que é possível prevenir 100% é o câncer colorretal. “Infelizmente, nos dias atuais, 85% dos casos de câncer colorretal são diagnosticados em fase avançada, quando a chance de cura é menor”, alertou Ciro.
O mutirão do Gastrocentro faz parte da campanha anual de câncer de colorretal. Ao longo do ano, o Gastrocentro têm programado outros mutirões para reduzir a fila de espera dos próprios pacientes e de outros, encaminhados pela Diretoria Regional de Saúde de Campinas (DRS-7).
“Pelo fato do Gastrocentro ser um centro de referência para a região de Campinas, hoje, o tempo de espera de nossos pacientes para a realização do exame de colonoscopia é de aproximadamente nove meses”, explicou Rafael.
Campanha nacional
No Brasil, o câncer colorretal atinge mais de 40 mil pessoas por ano e é o terceiro tumor que mais causa mortes e o segundo mais incidente em homens e mulheres por volta dos cinquenta anos, depois do câncer de próstata e mama. Com o envelhecimento da população, estima-se que o número de mortalidade em virtude da doença aumente até 2025. Apesar da alta mortalidade, o câncer colorretal tem cura, especialmente quando diagnosticado precocemente.
Março é o mês dedicado ao combate do câncer colorretal, o terceiro tumor que mais causa mortes e o segundo mais incidente em homens e mulheres por volta dos cinquenta anos, depois do câncer de próstata e mama. Hoje, a chance de uma pessoa desenvolver a doença é da ordem de 4,3% sendo que ela é mais comum em homens e mulheres com mais de 45 anos ou em pessoas que tenham histórico familiar da doença.
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Texto e fotografia: Edimilson Montalti – Núcleo de Comunicação HC Unicamp