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O Serviço Social do Hospital de Clínicas da Unicamp, em parceria com o Departamento de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas, realizou nesta quinta-feira, 9, o I Simpósio de Proteção Social da Criança e do Adolescente – Direitos da Criança e do Adolescente na Saúde. O objetivo do evento era discutir, entre profissionais que trabalham com pediatria, aspectos legais da criança na sociedade e o atendimento a este público no serviço de saúde.

A diretora do serviço social do HC, Maria Rita Fraga, ressaltou, em seu discurso de abertura do simpósio, a importância de discutir o estatuto da criança e do adolescente e suas relações com o atendimento deste público na área de saúde. “Atender à criança e ao adolescente é um compromisso com a vida, com o futuro”, afirmou Maria Rita. O superintendente do HC, Luis Carlos Zeferino, destacou o trabalho multidisciplinar de atendimento à vítimas de violência realizado no ambulatório de pediatria do hospital, além da importância de a comunidade do HC estar envolvida com a realidade dos pacientes que atendem. “Temos que trabalhar como sentinelas, atentos ao que acontece na sociedade. É preciso participar ativamente de programas direcionados à família, fundamentais para qualificar a criança enquanto cidadãos”, observou Zeferino.

O primeiro palestrante do dia, o professor titular da pediatria da Unicamp e ex-reitor da universidade, José Martins Filho, falou sobre as relações familiares e a criança no mundo contemporâneo. Em sua explanação, Martins observou que a saúde e o bem estar das crianças não dependem apenas do pediatra, mas também de todos os profissionais que dedicam atenção a este público, e principalmente do contexto social e familiar ao qual ela se insere. “Do ponto de vista da saúde, prevenção, tratamentos, temos grandes chances que nossas crianças sejam centenárias. A pediatria moderna não previne apenas doenças infantis, ela faz prevenção para o futuro”, concluiu Martins.

A palestra seguinte foi proferida pela professora do Departamento de Pediatria da Unicamp, Denise Barbieri Marmo, e tratou dos aspectos médico-legais no atendimento às vítimas de violência doméstica na infância e adolescência. Denise destacou o trabalho multidisciplinar no atendimento às crianças que sofrem violência. “Nosso trabalho se sustenta em um tripé: o atendimento médico, psicológico e do serviço social. O grande desafio é manter a saúde mental e o bem estar social das crianças vítimas de violência doméstica”, afirmou.

O Simpósio teve ainda uma mesa redonda que discutiu as ações de proteção social da criança e do adolescente. Participaram da discussão a assistente social e ouvidora do HC, Mirian Martins; Dalva Rossi, do centro de defesa dos direitos da criança e do adolescente de Campinas, CEDECAMP; Kátia Cristina Campolina, do Conselho Tutelar de Campinas e a assistente social da pediatria do HC, Sandra Biella. Para finalizar o dia, o terapeuta familiar e teólogo, Antônio Braga, fez a palestra “As 7 vidas que não temos”. O evento contou com o apoio do Grupo Gestor de Benefícios Sociais – GGBS da Unicamp. Segundo seu coordenador, Edson Lins, parcerias como esta são de extrema importância para a qualificação profissional.

Caius Lucilius com Gláucia Santiago
Assessoria de Imprensa do HC UNICAMP

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